A TOLERÃNCIA que usei logo que saí de casa
com um condutor qualquer que certamente nem sabia o
porquê de tanta frustração, coitado!
Usei depois CARINHO naqueles abraços e beijos que dei á minha filha
quando a deixei na creche e usei o AMOR todas as vezes que pensei
nela durante o dia.
Ainda antes de chegar ao trabalho usei a SIMPATIA,
no “bom dia” com sorriso que desejei ao nosso vizinho.
Durante o meu dia de trabalho usei de várias formas a PACiÊNCIA,
a AMBIVALÊNCIA e claro, com uma boa dose de ANSIEDADE.
Tinha no bolso também a PERSEVERANÇA mas não usei, não tive como.
No fim da minha jornada, cheguei a casa com algumas outras palavras no bolso.
SAUDADE, que tinha da minha filha, foram muitas horas sem a ver!
FELICIDADE, ao pensar “Lar-Doce-Lar” e o Gabriel á minha espera.
GRATIFICAÇÂO, afinal o dia correu bem e tudo me parecia bem.
PRAZER, isso senti quando me sentei a jantar em Família, é tão bom!
Devia ser obrigatório sentir isso todos os dias.
NOSTALGIA, isso senti logo que o “serão” se instalou; a minha filha adormeceu e o silêncio voltou.
A ESPERANÇA, a CORAGEM, o ORGULHO, a LIBERDADE, todas elas foram sentidas e sorvidas antes de dormir.
E hoje quando acordei, percebi! E então decidi!
A Partir de hoje só levo e trago nos bolsos palavras bonitas, positivas e uteis.
As outras que as use quem não escolheu ser feliz.
Anabela 2014
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